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ISO/IEC 17020 Documentation Essentials

Fundamentos da documentação ISO/IEC 17020: Como manter a conformidade
Acreditação

Fundamentos da documentação ISO/IEC 17020

Navegar no labirinto da conformidade pode ser tão assustador como enfiar uma agulha num furacão, especialmente quando envolve as complexidades da ISO/IEC 17020. A ISO/IEC 17020 estabelece a referência global para os organismos de inspeção, ditando requisitos rigorosos para garantir a precisão, imparcialidade e integridade operacional. Os requisitos de documentação desta norma são um componente fundamental, essencial para provar a adesão e manter a acreditação.

Num cenário em que a credibilidade é moeda corrente, a norma ISO/IEC 17020 funciona como uma marca de confiança para as agências de inspeção. Estas agências são pilares em vários sectores, desde a engenharia à saúde ambiental, e a sua conformidade com a norma ISO/IEC 17020 assegura a validade das suas inspecções. Compreender os elementos essenciais da documentação da ISO/IEC 17020 não só promove a conformidade, como também reforça o compromisso de uma organização com a excelência.

Nas secções seguintes, iremos dissecar os requisitos de documentação da ISO/IEC 17020, explorando as chaves para criar uma estrutura robusta para a conformidade. Desde as especificidades da documentação do processo até à manutenção eficaz de registos, cada parte fornecerá uma visão do mundo meticuloso da conformidade com a ISO/IEC 17020. Junte-se a nós e embarque numa viagem pelos aspectos críticos da documentação que sustentam a credibilidade e a solidez operacional dos organismos de inspeção.

Introdução 

A ISO/IEC 17020, intitulada "Avaliação da conformidade - Requisitos para o funcionamento de vários tipos de organismos que realizam inspecções", é uma norma reconhecida mundialmente que define os critérios de qualidade e competência que os organismos de inspeção devem cumprir para serem considerados fiáveis e credíveis. Estabelecer a confiança no processo de inspeção é fundamental, e a ISO/IEC 17020 estabelece um quadro para os organismos de inspeção assegurarem que operam de forma imparcial e com a competência técnica necessária. A adesão a esta norma é particularmente importante porque não só aumenta a confiança nas inspecções realizadas por estes organismos, como também garante aos clientes e às autoridades reguladoras a qualidade e a legalidade dos resultados.

Este artigo tem como objetivo servir de guia conciso e claro para os envolvidos na conformidade com a norma ISO/IEC 17020, especialmente no que diz respeito à documentação essencial necessária para cumprir as disposições da norma. A documentação adequada é a pedra angular da conformidade, facilitando a normalização dos processos e fornecendo uma pista de auditoria clara. O nosso guia irá elucidar os tipos de documentos necessários e as suas funções, ajudando a garantir que o seu organismo de inspeção está em conformidade com os rigorosos requisitos da norma ISO/IEC 17020. Através de informações estruturadas e formatação de fácil compreensão, incluindo tabelas e listas, este guia visa simplificar o caminho para a conformidade das entidades de inspeção.

Compreender a norma ISO/IEC 17020 

A ISO/IEC 17020 é uma norma reconhecida internacionalmente que define os requisitos para a competência dos organismos que realizam actividades de inspeção. O seu âmbito abrange vários tipos de organismos de inspeção, ditando a forma como estes devem funcionar para garantir a confiança nos seus serviços de inspeção.

No centro da norma ISO/IEC 17020 encontram-se objectivos-chave que visam incutir confiança tanto nos clientes como nas entidades reguladoras. Estes objectivos centram-se na imparcialidade, consistência e fiabilidade das práticas de inspeção. Os inspectores devem demonstrar competência e as suas actividades devem ser conduzidas metodicamente, independentemente do item a ser inspeccionado ou do processo de inspeção.

A documentação ao abrigo da norma ISO/IEC 17020 é fundamental. É a pedra angular que apoia os objectivos da norma, assegurando que os processos de inspeção são repetíveis e baseados em provas documentadas. Ajuda a manter a transparência, aumentando assim a responsabilidade, e facilita a replicação dos processos de inspeção, se necessário.

Existem diferentes tipos de organismos de inspeção: Tipo A, Tipo B e Tipo C. Têm caraterísticas operacionais distintas:

  • Tipo A: Organismos totalmente independentes que não têm qualquer envolvimento na conceção, fabrico, fornecimento, instalação, utilização ou manutenção dos artigos que inspeccionam.
  • Tipo B: Partes separadas e identificáveis de organizações que fornecem produtos ou serviços não abrangidos pelo organismo de inspeção, mas que podem exercer actividades susceptíveis de comprometer a imparcialidade.
  • Tipo C: Organismos de inspeção que fazem parte de organizações que concebem, fabricam, fornecem, instalam, utilizam ou mantêm os artigos que inspeccionam, o que pode afetar a sua imparcialidade sem as devidas salvaguardas.

A compreensão das definições e diferenças entre estes tipos garante a clareza na sua aplicação e a adesão aos princípios delineados na norma ISO/IEC 17020.

Principais requisitos de documentação

A norma ISO/IEC 17020:2012 define os requisitos críticos de documentação para as entidades que procuram obter conformidade ou acreditação como organismos de inspeção. Os documentos essenciais englobam requisitos gerais, políticas e procedimentos e um manual de qualidade. Estes documentos criam uma estrutura que garante que os serviços cumprem e mantêm padrões elevados.

  • Documentação geral: Marca a base para operações consistentes dentro de um organismo de inspeção.
  • Políticas e procedimentos: São vitais políticas e procedimentos claramente articulados, que descrevam em pormenor a forma de realizar inspecções de acordo com normas reconhecidas, garantindo a coerência e controlando os registos.
  • Manual de Qualidade: Este documento fundamental descreve o sistema de gestão, os objectivos e os compromissos em matéria de qualidade. Serve de guia para o pessoal e demonstra a conformidade com os organismos de acreditação.

Os registos legais e contratuais são igualmente importantes:

  • Documentos legais: O cumprimento dos quadros legais e regulamentares é imperativo e a documentação adequada deve refletir esse cumprimento.
  • Contratos e acordos com clientes: Formalizam as expectativas e salvaguardam tanto o organismo de inspeção como o cliente, definindo o âmbito, as responsabilidades e a confidencialidade.

Por último, a imparcialidade e a independência são fundamentais para a integridade de um organismo de controlo:

  • Políticas de imparcialidade: É necessário um conjunto de políticas para reforçar a natureza imparcial dos processos de inspeção.
  • Declarações de conflito de interesses: Os membros revelam potenciais conflitos, assegurando a transparência e a confiança na independência do organismo.

Tabela: Componentes-chave da documentação da ISO/IEC 17020

Componente Descrição
Documentação geral Quadro de base para as operações
Políticas e procedimentos Descrições dos processos de qualidade e coerência
Manual de Qualidade Guia completo sobre sistemas de gestão da qualidade
Documentos legais Prova de conformidade legal
Contratos com clientes Condições e relações com os clientes
Políticas de imparcialidade Proteção contra preconceitos nas operações
Declarações de conflito de interesses Transparência nos conflitos potenciais

Estes documentos são inegociáveis para os organismos de inspeção em conformidade com a norma ISO/IEC 17020, garantindo que estes se mantêm nos mais elevados padrões de qualidade e ética.

Documentação de requisitos estruturais

A ISO/IEC 17020:2012 é uma importante norma internacional que especifica os requisitos para a competência das entidades que realizam inspecções e para a imparcialidade e consistência das suas actividades de inspeção. Um dos aspectos cruciais da conformidade com a norma ISO/IEC 17020 é a manutenção de uma documentação abrangente dos requisitos estruturais. Segue-se uma visão geral concisa dos componentes essenciais da Secção 3: Documentação de Requisitos Estruturais, estruturada para proporcionar clareza e facilidade de compreensão.

Estrutura organizacional: Uma estrutura organizacional bem definida é fundamental para qualquer entidade em conformidade com a norma ISO/IEC 17020. A documentação deve delinear claramente a hierarquia e o quadro em que o organismo de inspeção opera.

Organogramas: As representações visuais, como os organogramas, são vitais, uma vez que fornecem um retrato do pessoal-chave e das suas relações hierárquicas dentro da organização.

Funções e responsabilidades: A documentação detalhada das funções e responsabilidades assegura que cada membro da equipa está ciente das suas funções e deveres específicos. Esta clareza é fundamental para manter a qualidade e a integridade dos processos de inspeção.

Gestão de recursos: Em termos de infra-estruturas e equipamento, é crucial documentar a forma como os recursos são geridos, atribuídos e mantidos para apoiar a eficácia operacional do organismo de controlo.

Ficheiros de pessoal e registos de competências: É imperativo que os registos internos documentem diligentemente as qualificações, a experiência e a formação contínua de todo o pessoal, a fim de demonstrar a sua competência e capacidade para desempenhar as funções que lhes são atribuídas.

Tendo em conta estes factos, as organizações devem documentar metodicamente os requisitos estruturais acima referidos para garantir que as inspecções são realizadas por pessoal competente, no âmbito de uma organização estruturada para apoiar a imparcialidade, a confidencialidade e a aplicação coerente das actividades de inspeção.

Segue-se um resumo tabular da documentação necessária para a Secção 3:

Tipo de documento Finalidade
Organograma Descrever a hierarquia e a estrutura organizacional
Documentos de funções e responsabilidades Definir os deveres e as expectativas para cada função
Registos de gestão de recursos Para pormenorizar a forma como os recursos são tratados e mantidos
Ficheiros do pessoal e registos de competências Comprovar as qualificações e competências do pessoal

A manutenção destes registos com diligência e actualizações regulares é um requisito fundamental para os organismos de inspeção empenhados na excelência e na conformidade com as normas ISO/IEC 17020.

Fundamentos da documentação ISO/IEC 17020: Como manter a conformidade

Documentação dos requisitos do processo

A ISO/IEC 17020 é uma norma que regula os requisitos para o funcionamento de vários tipos de organismos que realizam inspecções. A adesão a esta norma garante que as inspecções são realizadas com imparcialidade, consistência e fiabilidade. Na Secção 4, a Documentação dos Requisitos do Processo é crucial para o cumprimento das estipulações da norma.

Procedimentos de inspeção: As organizações devem documentar procedimentos detalhados para as suas actividades de inspeção. Isto ajuda a manter a consistência e assegura que as inspecções são realizadas de acordo com as orientações e regulamentos prescritos.

Procedimentos Operacionais Normalizados (SOPs) e Instruções de Trabalho: Os PONs descrevem as etapas metódicas dos processos de inspeção, enquanto as instruções de trabalho fornecem instruções específicas para a execução de tarefas. Estes documentos ajudam na formação do pessoal e servem de referência durante as actividades de inspeção.

Tratamento dos elementos de controlo: Os procedimentos de receção e manuseamento dos artigos são implementados para evitar contaminação, danos ou perdas. A documentação adequada garante a integridade dos artigos desde a receção até ao processo de inspeção.

Documentação dos métodos de inspeção: É imperativo que os métodos utilizados durante as inspecções sejam bem documentados para garantir que cumprem os critérios necessários e que podem ser reproduzidos ou auditados, se necessário.

Amostragem, teste e medição: Os planos e critérios de amostragem devem ser estabelecidos e documentados, assegurando que as amostras são representativas e que os procedimentos de ensaio e medição estão em conformidade com as normas.

Registos de calibração e manutenção: É essencial manter registos precisos da calibração e manutenção do equipamento. Isto garante que as inspecções são precisas e que o equipamento está a funcionar corretamente.

Em resumo, as organizações que estão em conformidade com a norma ISO/IEC 17020 têm de manter uma documentação abrangente, de acordo com a Secção 4, para manter a fiabilidade e a legalidade dos seus processos de inspeção. Estes documentos fornecem uma base para a realização de inspecções consistentes, corretas e repetíveis.

Documentação do sistema de gestão

A implementação de um Sistema de Gestão em conformidade com a norma ISO/IEC 17020 requer uma documentação rigorosa para estabelecer um quadro claro de operações para os organismos de inspeção. Isso engloba uma integração perfeita do Manual de Qualidade da organização e documentos de política subjacentes que ancoram o sistema.

O Manual da Qualidade está no centro do processo de documentação, detalhando a estrutura e o conteúdo do sistema de gestão e alinhando-o com os objectivos da organização. Funciona como a pedra angular, definindo responsabilidades, protocolos e o mecanismo para manter os padrões de qualidade.

Os documentos de política complementam o manual, fornecendo uma visão aprofundada das políticas específicas que a organização adopta. Estas regem o espírito operacional e os parâmetros de referência para o desempenho e a conformidade.

Para visualizar os processos, os mapas e fluxogramas de processos são indispensáveis. Oferecem uma visão panorâmica do fluxo processual, clarificando os passos e identificando potenciais estrangulamentos ou inconsistências.

As auditorias internas regulares e as análises periódicas da gestão reforçam a responsabilização e a melhoria contínua. Estas actividades são meticulosamente registadas através de:

  • Calendários de auditoria e listas de controlo: Ferramentas que orientam os auditores numa avaliação exaustiva.
  • Actas de análise da gestão e planos de ação: Documentação das discussões e decisões estratégicas, assegurando a execução atempada dos planos.

Para controlar as discrepâncias e promover uma cultura de melhoria, os relatórios de não-conformidade são fundamentais. Estes relatórios identificam as áreas em que as normas são insuficientes. Posteriormente, os registos das acções corretivas e preventivas servem como prova de correção proactiva e de melhoria contínua do Sistema de Gestão da Qualidade. Estes registos constituem uma parte essencial do ciclo de feedback, garantindo a resiliência e a integridade dos serviços de inspeção prestados.

Tipo de documentação Finalidade
Manual de qualidade e documentos de política Definir a estrutura do sistema de gestão e as políticas organizacionais
Mapas de processos e fluxogramas Visualizar e comunicar fluxos de processos
Calendários de auditoria e listas de controlo Normalizar e orientar as actividades de auditoria
Actas de análise pela direção e planos de ação Registar as deliberações e as melhorias planeadas
Acções Corretivas e Preventivas Documentar as medidas tomadas para retificar e prevenir problemas
Relatórios de não-conformidade Identificar e registar as não conformidades

A manutenção destes documentos de forma organizada e acessível é crucial para o sucesso da implementação e gestão do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com as normas ISO/IEC 17020.

Manutenção de registos e controlo de documentos

A manutenção de registos e o controlo de documentos são componentes vitais da conformidade com a norma ISO/IEC 17020, segundo a qual as organizações devem estabelecer procedimentos rigorosos. Os documentos devem ser revistos regularmente, com revisões meticulosamente registadas para manter o controlo de versões. Os procedimentos de controlo garantem que apenas os documentos válidos estão acessíveis ao pessoal autorizado, minimizando o risco de utilização de informações desactualizadas ou incorrectas.

Os registos devem ser facilmente recuperáveis e as organizações devem definir os períodos de retenção, dependendo do tipo de registo, para cumprir os requisitos legais e operacionais. Um sistema de armazenamento seguro protege a informação sensível contra o acesso não autorizado e os riscos ambientais, assegurando a integridade e a confidencialidade dos dados.

Para evitar a perda e corrupção de dados, devem ser implementadas medidas rigorosas de proteção de dados, tais como cópias de segurança regulares e planos de recuperação sólidos. Estas estratégias são essenciais para salvaguardar os activos de informação críticos da organização e garantir a continuidade em caso de eventos inesperados.

Os principais aspectos da manutenção eficaz de registos e do controlo de documentos incluem

  • Acesso controlado para evitar a distribuição não autorizada.
  • Definição de períodos de retenção para vários registos.
  • Sistemas de arquivo seguros e organizados.
  • Validação regular da integridade dos dados.
  • Sistemas de cópia de segurança e protocolos de recuperação de desastres.

Ao aderir a estas diretrizes, as organizações manterão os elevados padrões estabelecidos pela ISO/IEC 17020 para a documentação e gestão de registos.

Documentação sobre formação e competências

A ISO/IEC 17020 é uma norma internacionalmente reconhecida para a competência dos organismos de inspeção. A secção 7 desta norma é especificamente dedicada à Formação e Documentação de Competências, que é fundamental para garantir a qualidade e integridade das inspecções.

Para cumprir a Secção 7, os organismos de inspeção devem manter programas de formação sólidos. Estes incluem planos e calendários de formação documentados que definem os objectivos de aprendizagem específicos e os prazos para todo o pessoal. A documentação deve ser clara, actualizada regularmente e acessível para revisão quando necessário.

Os registos de formação são cruciais nesta secção, uma vez que fornecem provas da participação de cada indivíduo e da avaliação das suas sessões de formação. Desta forma, garante-se que o pessoal não só participou como também compreendeu a formação, estando assim habilitado a desempenhar as funções que lhe foram atribuídas.

Além disso, a avaliação de competências é exigida pela norma ISO/IEC 17020. Os métodos de avaliação de competências têm de ser estabelecidos, normalizados e documentados. Podem envolver exames práticos, observações ou outras avaliações relevantes para confirmar que um inspetor é capaz de desempenhar a sua função de acordo com o padrão exigido.

Por último, devem ser mantidos registos das avaliações e certificações. Estes registos constituem uma certificação formal de competência e devem ser geridos com rigor. Comprovam que o pessoal foi avaliado e cumpriu os critérios definidos para as suas funções específicas no processo de inspeção.

Em resumo, a documentação ao abrigo da Secção 7 da norma ISO/IEC 17020 é crucial para demonstrar que os organismos de inspeção têm um processo estruturado para manter e melhorar a competência do seu pessoal. Os organismos de inspeção devem assegurar que esta documentação é regularmente revista, actualizada e disponibilizada para efeitos de acreditação.

Manter a conformidade e a melhoria contínua

A documentação ISO/IEC 17020 desempenha um papel vital para garantir que os organismos de inspeção mantenham a conformidade e se esforcem por melhorar continuamente. A monitorização e a medição sistemáticas do desempenho são fundamentais para este objetivo. A utilização de Indicadores Chave de Desempenho (KPIs) permite que as organizações quantifiquem sua eficácia e eficiência. Essas métricas podem considerar aspectos como a precisão da inspeção, a pontualidade e a satisfação do cliente.

As revisões e avaliações de desempenho devem ser efectuadas regularmente, oferecendo uma visão geral reflexiva dos pontos fortes operacionais e das áreas que necessitam de atenção. Estas avaliações têm como objetivo não só garantir o cumprimento das normas, mas também promover um ambiente de melhoria contínua.

Os mecanismos de feedback são parte integrante deste processo. Os conhecimentos recolhidos dos clientes e das partes interessadas podem orientar uma organização no sentido de aperfeiçoar os seus serviços. É imperativo manter registos detalhados do feedback, juntamente com as medidas subsequentes tomadas. Isto não só demonstra a capacidade de reação, como também ajuda a acompanhar o impacto das alterações implementadas.

A melhoria contínua é uma expetativa definida pela norma ISO/IEC 17020 e os organismos de inspeção devem registar diligentemente todas as iniciativas de melhoria. Ao monitorizar o progresso e os resultados destas medidas, uma organização pode substanciar o seu compromisso de elevar a sua qualidade de serviço e o seu estatuto de conformidade ao longo do tempo.

A utilização de uma tabela pode ajudar a organizar KPIs e análises de desempenho de forma eficiente:

Categoria KPI Objectivo Medição Frequência da revisão
Exatidão Minimizar os resultados incorrectos das inspecções Número de conclusões anuladas na sequência de um reexame Trimestral
Atualidade Realizar as inspecções dentro dos prazos acordados Tempo médio entre o pedido e a conclusão da inspeção Mensal
Satisfação do cliente Obter elevados índices de aprovação dos clientes Resultados dos inquéritos e feedback Semestralmente

A incorporação de uma lista pode ilustrar os passos para lidar com o feedback:

  1. Recolher feedback: Recolher informações de várias fontes.
  1. Registar e analisar: Detalhar o feedback e examiná-lo para obter informações acionáveis.
  1. Atuar: Implementar as alterações necessárias com base no feedback.
  1. Acompanhamento: Rever e avaliar a eficácia das respostas adoptadas.

Através de uma abordagem estruturada à monitorização, revisão, incorporação de feedback e documentação, os organismos de inspeção em conformidade com a norma ISO/IEC 17020 podem manter a conformidade e, ao mesmo tempo, promover avanços contínuos nas suas operações.

Documentação de melhoria contínua

A norma ISO/IEC 17020 fornece diretrizes para assegurar que os organismos de inspeção operam de forma competente, consistente e imparcial. Com vista à melhoria contínua, esta norma exige documentação que apoie a melhoria do processo de inspeção e do sistema global de gestão da qualidade. As práticas de documentação eficazes incluem o estabelecimento de procedimentos claros para a identificação e gestão de não-conformidades, acções corretivas e monitorização da implementação de melhorias.

Vários sectores fornecem estudos de caso que demonstram os benefícios de uma documentação meticulosa da ISO/IEC 17020. Por exemplo, no sector da produção, uma empresa pode documentar alterações nos procedimentos de inspeção que conduziram a uma redução dos produtos defeituosos. No sector ambiental, um organismo de inspeção pode manter registos de métodos melhorados de recolha de dados para avaliação da poluição, contribuindo para relatórios mais precisos e fiáveis.

As lições aprendidas salientam a importância do registo de pistas de auditoria e de feedback, que permitem aos organismos de inspeção rastrear os problemas até às suas origens e prevenir futuras ocorrências. Os desafios surgem frequentemente devido a um controlo inadequado da documentação; no entanto, a implementação de sistemas digitais pode simplificar os processos de documentação e aumentar a acessibilidade.

A documentação eficaz conduziu a benefícios mensuráveis, tais como maior confiança nos resultados da inspeção, melhor reputação entre as partes interessadas e uma base sólida para a tomada de decisões informadas. Para ilustrar, a tabela seguinte resume as principais práticas de documentação associadas à melhoria contínua em organismos de inspeção em conformidade com a norma ISO/IEC 17020:

Prática de documentação Descrição Resultado
Registos de não-conformidade Registos pormenorizados de casos de não-conformidade Identificação de padrões e áreas a melhorar
Planos de ação corretiva Medidas para resolver os problemas identificados Resolução sistemática e prevenção de problemas
Monitorização das melhorias Acompanhamento da eficácia das acções empreendidas Verificação dos esforços de melhoria contínua

Conclusão

Em conclusão, a essência da documentação meticulosa e precisa da norma ISO/IEC 17020 não pode ser exagerada para os organismos de inspeção. A adesão estrita a este conjunto de normas internacionais não só promove uma cultura de excelência e fiabilidade, como também fortalece a confiança entre clientes e partes interessadas. A manutenção precisa de registos, procedimentos e políticas garante que os processos de inspeção são transparentes, consistentes e repetíveis, permitindo assim a responsabilização e um enquadramento para a resolução de quaisquer discrepâncias.

Adotar os parâmetros de referência definidos pela norma ISO/IEC 17020 e manter a conformidade com os seus requisitos oferece inúmeras vantagens. Reduz os riscos, promove a melhoria contínua e pode muitas vezes ser uma porta de entrada para desbloquear novas oportunidades de mercado. Além disso, a conformidade é um testemunho do profissionalismo e do compromisso do organismo de inspeção com a qualidade e a satisfação do cliente.

Sendo um processo contínuo, a norma ISO/IEC 17020 exige revisões e actualizações regulares da documentação para acompanhar as mudanças na tecnologia, nas práticas da indústria e nos cenários regulamentares. Por conseguinte, os organismos de inspeção devem não só estabelecer, mas também procurar incessantemente práticas de documentação sólidas. Esta dedicação garantirá que não só cumprem como excedem as normas, aumentando assim a sua credibilidade e vantagem competitiva num mercado global dinâmico.


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